sábado, 22 de maio de 2010

sobre o que não sabemos

É que desobstrui sabe!? Os sistemas, a pele, os poros, as vias, as veias. Então fica assim, roxo, sangrando, deslocado, inchado com facilidade. E é maravilhoso, feito os corações picotadinhos que são seus. Meu corpo (irmão), meu corpo é minha cenografia, meu palco, não dá pra fugir disso se não não dá, então vai. Como ela falou...queria falar mais, queria me lembrar mais, te lembrar, sobre o cuidado. Pra não dar nisso. Tem que sangrar junto, tem que dar tempo, abrir os espaços, pensar nas catástrofes, em alguém que perdeu o um membro e junto a própria noção de tempo e espaço, um horror, mas aí tem o que virá depois, então partimos pra ação, sem medo, sem vergonhas e agora podemos perceber. Você percebeu hoje que não é um super-herói né!? Não tem problema, não é essa a questão, o super-homem é só uma imagem, ali, em segundo plano, sobrepondo. Vamos sobrepor então tudo isso que tá sangrando aí, e criar mais uma camada, mais um amor, dar mais força. Agora é o que precisamos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário