terça-feira, 22 de março de 2011

antes do momento inacabado

Desculpa, não sou boa em dar conselhos e devia parar de tentar falar frases indevidas. Espero que você compreenda. silêncio. silêncio. Pausa sem nota, descompensada para a falta que a falta faz. As vezes é realmente necessário retornar ao momento anterior, antes de tudo começar, fechar, encerrar e se lembrar do que tínhamos antes, vou chegar lá. Fico esperando de braços, portas e janelas abertas. Mentira, sei que não espero, sei que armo uma luta, um barraco, brigo até com meus moinhos, mas é que dói muito e preciso me defender caso...quando cabeça dói demais parece que nada se conecta e fica impossível agir em alguma direção,compreende!? me sinto sozinha carregando tudo nosso que ficou, tudo aquilo que preciso falar. Porque é sincero, é real, é latente. Eu sei, sei disso, já falei. Isso me destrói. Já foi falado entre nós, isso, ontem, pelo telefone quando a distância se tornou concreta, eu sei, mas é que nesse momento preciso te dizer que amei a casa da sala para a memória da família, o queijo quente da Solange e a vontade da torta de maçã. O macarrão que todos sabem dizer o nome menos eu. A presença 24 horas por dia e até o medo de depois. Pensa que é fácil agora de repente ficar 24 horas cruzando as esquinas sozinha!? Amei todos os banhos e isso você já sabe, mas aqueles em que fizemos as banheiras de palco são os melhores. Ainda prefiro quando cantamos Ana Carolina ou outras coisas um pouco mais bobas que isso. Amei falar mal e mais ainda quando brincamos com a certeza de que somos incríveis. Deitar na raíz da árvore e poder lembrar. Amei você indo para o lado errado. Os risos todos e as piadas, a música da legião urbana. A caixa de som e as quedas(todas). As mãos e as manhãs não vou nem falar sobre. Seria demais. os cafés, os sofás, os sonos incontroláveis e a vontade de deitar e rolar. O sorvete e todos os doces, separados do salgado. Limonada. As fotos e as rolhas. As fotos, a câmera. As idéias e as duas horas inteiras de viagem preenchidas com nossas conversas sem fim. os bebes e as crianças. A cama apertada. A moda da praça. Todas as paisagens e os silêncios merecidos. Essas eu preciso registrar com mais atenção depois. O cinema, o bar, as vontades não realizadas e as realizadas, o carro(e tudo que te falei em segredo ao pé do ouvido), o avião, o trem. A passagem de volta, as bagagens e tudo aquilo que não cessa e que é desejado e que vem cheio de vontade, que se renova em instantes ideais. Que eu amei te amar e descobrir que pausar as vezes é impossível. Te amo todos os segundos, estou te amando agora e tenho certeza que vou te amar depois, se isso serve de consolo.

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