queridos,
olhando assim, de fora parece tudo um tanto pequeno, o que faz também parecer contraditório. Como pode, tão pequeno, porém tão difícil e necessário de ser destacado, lembrado, percebido, falado:
são pequenas catástrofes, pequenas obsessões, pequenas manias, pequenos prazeres, pequenas dores, pequenas ousadias, pequenos luxos, pequenas memórias e por aí vai.
Tudo isso que ganha a condição de pequeno quando observado através do macro da condição do mundo em que nos encontramos nos dias de hoje e passa então a parecer e aparecer como micro dentro de nosso ano, nossa semana, nossos dias cotidianos.
Parece que sempre vai passar. "Vai passar", o tempo tá aí pra isso não é mesmo!? Sendo contado por isso, mas o valor e o peso de tudo isso, que é micro e por isso, (aparentemente) fadado a condição de pequeno quando visto através de um recorte, de um pixel, de de uma história ou de um indivíduo-sublinhado e destacado de sua "instância" casa e de sua "árvore genealógica"- passa a ser reconhecido como grande e como parte fundamental da nossa condição de existência, de arrebatados que seguem.
Seguiremos ou não?
e se "sim", como?
Como somos arrebatados atualmente? Como fica? O que fica?
Como seguir, dando espaço para o novo, cuidando do que te cabe? Se voltando para o útero mas se reconhecendo também no descolamento, no momento em que nos vemos sozinhos, em que a missão de estar no mundo nos é dada. Como deixamos de ser sozinhos e como seres humanos, simplesmente passamos a nos ver rodeados de outros e então nos juntamos, nos aglomeramos, nos aceitamos, trocamos nossos movimentos que então se transformam, resignificam.
Agora sim, talvez possamos não falar mais de "pequenos" e "grandes", adultos e crianças. Não importa.
"O que fica é o que significa".